Preâmbulo

Este blogue pretende constituir um espaço de registo e divulgação dos trabalhos e actividades da comunidade escolar sobre acontecimentos, realizações, percursos e personalidades da Primeira República.

No 1º. centenário da implantação da República queremos juntar-nos às comemorações, estabelecendo um diálogo entre a Escola, o meio local e os eventos de carácter nacional.

Celebrar a República implica também um olhar sobre as raízes ideológicas do republicanismo e dos princípios e valores que orientaram o discurso e a acção de personalidades que marcaram os acontecimentos ou que, de alguma forma, se evidenciaram nos domínios cultural e artístico.

terça-feira, 16 de março de 2010

A emancipação feminina (III)

A emancipação feminina e os seus efeitos na Maçonaria

˜ A Maçonaria é uma associação universal que se reúne em lojas, espécie de pequenos grupos independentes, que tem em vista a liberdade, democracia, justiça, fraternidade, o direito à educação, entre outros, e principalmente a igualdade. Assim sendo, em 1907, Magalhães Lima, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido, permite que mulheres como Maria Veleda, Ana de Castro Osório e Adelaide Cabete dirigissem a Loja Humanidade, criada em 1904, que passou então a ser independente, gerando protestos provenientes de outras lojas maçónicas conservadoras. Tinha como objectivos a igualdade de direitos e a plena cidadania.
˜ Em 1913, a loja Humanidade separa-se da Maçonaria regular, devido a questões postas por Ana de Castro Osório, que pretendia saber se as mulheres eram dignas de obterem respeito e igualdade, acabando por não obter uma resposta satisfatória. Em 1915, um grupo dissidente criou a loja Carolina Ângelo.
˜ Em 1920, regressam à Maçonaria regular, a pedido de Magalhães Lima, devido à existência da Monarquia do Norte.
˜ Mais tarde, devido a não verem os seus objectivos a serem alcançados e a serem desvalorizadas pelos dirigentes masculinos, associam-se à Ordem Mista do Direito Humano, fundada em França em 1893, que aceitava tanto homens como mulheres, sem distinções. Assim, em 1923, Adelaide Cabete cria a Loja Humanidade do Direito Humano, que mais tarde deseja ver-se independente da Maçonaria Francesa, contando com inúmeros apoiantes, tanto homens como mulheres, que pretendiam demonstrar a igualdade entre os sexos.

Patrícia Silva, Nº14

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