Preâmbulo

Este blogue pretende constituir um espaço de registo e divulgação dos trabalhos e actividades da comunidade escolar sobre acontecimentos, realizações, percursos e personalidades da Primeira República.

No 1º. centenário da implantação da República queremos juntar-nos às comemorações, estabelecendo um diálogo entre a Escola, o meio local e os eventos de carácter nacional.

Celebrar a República implica também um olhar sobre as raízes ideológicas do republicanismo e dos princípios e valores que orientaram o discurso e a acção de personalidades que marcaram os acontecimentos ou que, de alguma forma, se evidenciaram nos domínios cultural e artístico.

sábado, 23 de janeiro de 2010

A (in)visibilidade feminina

Quem são estas figuras femininas? Como se destacaram?



Estas e outras mulheres emergiram no espaço público, quebrando o silêncio e a invisibilidade a que a tradição secular as condenara, tomando voz para expôr, partilhar e divulgar ideias, dedicando-se a causas políticas e sociais. Elas foram o exemplo e a referência das gerações vindouras; elas constituíram o impulso que conduziu à tomada de consciência do estado de subalternidade, dependência e desigualdade em que as mulheres sempre viveram; elas foram as precursoras da emancipação feminina, quando reivindicaram o direito à palavra e à tribuna, o direito à existência jurídica e civil, o direito de intervir na sociedade e na política, o direito de cidadania.




Apesar de a maioria das mulheres continuar, nos séculos XVIII e XIX, nas trevas da ignorância e de outras beneficiarem apenas de parte das lições dadas aos irmãos, algumas evidenciaram-se pela esmerada educação que receberam ou que adquiriram e completaram por iniciativa própria.
Embora a maioria dos escritores defendesse a educação feminina para benefício da família, pois a mulher instruída seria a primeira educadora dos filhos, a melhor companhia do marido e a boa gestora da casa, houve, no entanto, alguns que pugnaram pela sua valorização e emancipação como seres humanos com igualdade de direitos

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Raízes do ideário republicano (2)

Os princípios e valores subjacentes à Filosofia das Luzes conduziram às Revoluções Liberais, mudaram regimes políticos, modernizaram as sociedades, laicizaram a cultura, valorizaram as ciências e difundiram a instrução e a educação.
Pelo número de obras escritas e publicadas em França e na Inglaterra, entre finais do século XVII e ao longo do século XVIII, verifica-se que a educação das mulheres foi também uma preocupação dos iluministas.
Condorcet, filósofo e matemático francês, foi o iluminista mais ousado, pois defendeu abertamente a educação feminina por uma questão de justiça e de equidade, sendo até precursor da coeducação

O ideário republicano e o Iluminismo(1)

O ideário republicano reflecte a herança do Iluminismo, movimento filosófico e cultural que se desenvolveu na Europa do século XVIII e se caracterizou pela defesa da liberdade e da igualdade, pela valorização da Razão e do conhecimento, pela crença no progresso científico e social e pela crítica à autoridade política e religiosa.
Alguns nomes que se destacaram: Rousseau, Ribeiro Sanches, Diderot, D'Alembert...